Um mundo de fantasia nórdica que cativa

Eriksholm: The Stolen Dream está se tornando um dos jogos mais aguardados pelos fãs de stealth e narrativa. Desenvolvido pela River End Games, o título se passa em uma versão fantástica da Escandinávia do início do século XX, onde dois irmãos se veem envolvidos em uma conspiração maior do que poderiam imaginar.

O que mais chama atenção é como a cidade funciona quase como um personagem principal. Você precisará aprender cada beco, cada rua, cada esconderijo para progredir na busca pelo irmão desaparecido. E não se trata apenas de memorizar um mapa - o mundo reage às suas ações de maneiras surpreendentes.

Gameplay que mistura stealth criativo e narrativa cinematográfica

Alternando entre três personagens jogáveis, cada um com habilidades únicas, os jogadores precisarão resolver quebra-cabeças e situações de stealth de forma criativa. Mas o que realmente diferencia Eriksholm?

  • Sistema de "memória do ambiente" onde NPCs reagem a mudanças persistentes

  • Mecânicas de furtividade que vão além do simples agachamento

  • Cutscenes que podem ser interrompidas por ações do jogador

"Testamos bastante, e o feedback foi que parece jogar um filme - mas de forma positiva", revela Anders Hejdenberg da River End Games. Essa abordagem cinematográfica não sacrifica a agência do jogador, mantendo um equilíbrio delicado entre narrativa e jogabilidade.

Detalhes técnicos que elevam a imersão

A trilha sonora composta por Johan Söderqvist merece destaque. Combinando instrumentos tradicionais nórdicos com orquestrações modernas, a música se adapta dinamicamente às situações. Mas o design de som vai além da atmosfera:

Diferentes superfícies produzem níveis variados de ruído, a acústica muda conforme o ambiente, e os personagens podem até identificar a direção de sons importantes. São detalhes que transformam o simples ato de andar em uma decisão estratégica.

Os desafios técnicos foram muitos, como explica o diretor Erik Lundqvist: "Tivemos que reinventar convenções do gênero, como criar perseguições emocionantes em perspectiva fixa". A solução? Um sistema de câmera dinâmica que muda sutilmente durante momentos-chave.

Inovações na inteligência artificial dos NPCs

O comportamento dos personagens não jogáveis em Eriksholm é um dos aspectos mais impressionantes do jogo. Ao contrário de muitos títulos de stealth onde os inimigos seguem padrões previsíveis, aqui cada guarda tem uma personalidade distinta que influencia suas ações:

  • Alguns são mais curiosos e investigam ruídos por mais tempo

  • Outros podem ser distraídos por objetos pessoais em seus postos

  • Certos NPCs desenvolvem "rancor" se você os humilhar repetidamente

"Implementamos um sistema de memória emocional", explica a designer de IA, Linnea Karlsson. "Se você sempre usa a mesma tática contra um inimigo, ele começa a antecipar seus movimentos. Isso força o jogador a ser verdadeiramente criativo."

O sistema de consequências narrativas

As escolhas do jogador têm impacto real na história de Eriksholm, mas não da forma binária comum em muitos RPGs. Em vez de simplesmente "bom ou mau", o jogo registra:

  • Quem você escolhe ajudar ou ignorar em missões secundárias

  • Se prefere métodos violentos ou não letais

  • Até mesmo quantas testemunhas deixou para trás

Essas decisões se acumulam para criar variações sutis na narrativa principal. Em uma demonstração, vimos como uma personagem secundária que salvamos no início do jogo reapareceu mais tarde para nos fornecer informações cruciais - algo que não ocorreu em jogadas onde essa escolha foi diferente.

Desafios no desenvolvimento

Criar um jogo isométrico com essa profundidade de interação trouxe desafios únicos para a equipe. O diretor técnico, Mikael Forsberg, compartilhou alguns insights:

"Tivemos que desenvolver ferramentas especiais para garantir que a visibilidade e o pathfinding funcionassem perfeitamente na perspectiva isométrica. Em certas áreas com múltiplos níveis de altura, como telhados e porões interconectados, o sistema tradicional simplesmente não servia."

A solução veio na forma de um novo algoritmo que mapeia o ambiente em três dimensões mesmo na visualização 2D, permitindo que os personagens entendam espaços complexos de forma orgânica. Essa tecnologia pode revolucionar futuros jogos do gênero.

O futuro da franquia

Embora Eriksholm: The Stolen Dream seja um jogo autoconclusivo, a River End Games já demonstrou interesse em expandir esse universo. Fontes próximas ao estúdio revelam que:

  • Há planos para DLCs que exploram histórias paralelas na mesma cidade

  • O motor do jogo foi projetado para suportar futuras sequências

  • Personagens secundários podem ganhar protagonismo em projetos futuros

"Criamos um mundo muito maior do que o necessário para este primeiro jogo", admite o roteirista principal, Jonas Bergman. "Há histórias inteiras esperando para serem contadas nos cantos menos explorados de Eriksholm."




Resumo: Eriksholm: The Stolen Dream é um jogo de aventura e stealth com visão isométrica, ambientado em uma cidade fictícia inspirada na Escandinávia do início do século XX. O jogador controla Hanna, que busca seu irmão desaparecido enquanto alterna entre personagens com habilidades únicas para superar desafios furtivos e narrativos.

Onde jogar: PC, Console
Consoles: PlayStation 5, Xbox Series X/S
Plataforma (PC): Steam, Epic Games Store
Sistema (celular): Não disponível
Gêneros: Aventura, stealth, narrativa, estratégia tática