Primeiras Impressões e Contexto do Donkey Kong Bananza

Plataforma: Switch
Publicadora: Nintendo
Desenvolvedora: Nintendo
Lançamento: 27 de outubro de 2017
Classificação: Livre para 10 anos ou mais

Quando Donkey Kong Bananza foi anunciado, tive a chance de experimentá-lo rapidamente no evento de revelação do Nintendo Switch 2 em Nova York. Naquela ocasião, fiquei impressionado com o nível de destruição e exploração, mas o tempo curto não me permitiu entender completamente o potencial do jogo. Recentemente, voltei a Nova York para uma sessão de duas horas, e posso dizer que saí muito mais empolgado para me aventurar com DK neste título que marca o retorno do primeiro plataforma 3D do personagem em mais de 25 anos.

Exploração e Mecânicas Inovadoras nas Primeiras Áreas

Minha jornada começou nas Minas das Ilhas Ingot, que funcionam como um tutorial. Ali, relembrei como destruir o terreno em todas as direções, bater no chão para coletar itens e encontrar segredos, além de juntar as preciosas Banandium Gems e ouro espalhados pelo cenário. A sensação de quebrar paredes com os punhos de Donkey Kong é simplesmente viciante — uma mistura de poder e satisfação que poucos jogos conseguem transmitir.

Após essa introdução, avancei para três áreas principais: a Camada da Lagoa, a Camada do Cânion e a Camada da Floresta. Na Camada da Lagoa, precisei destruir pilares para liberar a água, fazendo o nível subir e abrindo novas passagens — uma mecânica que lembra o clássico Wet-Dry World de Super Mario 64, mas com sua própria identidade.

Foi também nessa área que desbloqueei a primeira transformação de DK, o Kong Bananza, que potencializa seus socos para destruir inimigos e obstáculos que antes eram impenetráveis. Cada transformação vem acompanhada de uma trilha vocal da Pauline, adicionando personalidade e charme ao jogo. Apesar de temporárias, essas transformações são poderosas e estratégicas, especialmente em combates e exploração.

 Donkey Kong Bananza

Desafios e Combates na Camada do Cânion

Na Camada do Cânion, a verticalidade e a exploração subterrânea ganham destaque. A destruição do ambiente se torna ainda mais gratificante, especialmente com o soco turbinado do Kong Bananza, que facilita a coleta de Banandium Gems. Essas gemas são essenciais para ganhar pontos de habilidade, que podem ser investidos em melhorias como saúde, força dos socos e alcance de coleta, além de desbloquear novas habilidades, como surfar em pedaços de terreno arrancados ou desferir ataques poderosos após saltos.

O ponto alto dessa área foi a batalha contra Grumpy Kong, um chefe que utiliza um golem de múltiplos terrenos e um enorme clava de pedra. A luta exigiu estratégia e observação: percebi que podia arrancar pedaços da clava para enfraquecê-la, abrindo a oportunidade para atacar o ponto vulnerável na cabeça do inimigo. Essa combinação de ação e raciocínio é um dos pontos fortes do jogo, que vai além do simples combate direto.

Desafios Ambientais e Novas Habilidades na Camada da Floresta

Ao chegar na Camada da Floresta, o clima mudou: lagos venenosos, plantas espinhosas e inimigos mais agressivos criam um ambiente desafiador. Aqui, pude usar a transformação Ostrich Bananza, que transforma DK em uma espécie de híbrido de pássaro, capaz de planar por curtos períodos. Embora o voo seja breve, é possível aprimorá-lo com pontos de habilidade, além de desbloquear ataques especiais, como lançar bombas de ovos durante o voo.

Além da exploração, o jogo oferece os Challenge Courses e Battle Courses — salas especiais com desafios variados, desde quebra-cabeças e obstáculos de plataforma até combates cronometrados e exploração com barris. Essas fases são divertidas e recompensam o jogador com Banandium Gems extras, incentivando a rejogabilidade e a busca por segredos.

 Donkey Kong Bananza

Sequências 2D e Cooperação Ativa

Um dos momentos que mais me chamou atenção foi uma sequência em 2D, semelhante às fases clássicas de Donkey Kong Country, mostradas no Nintendo Direct de Donkey Kong Bananza. Apesar da minha preocupação inicial com a física dessas fases, a experiência foi fluida e divertida, mantendo o conjunto de movimentos completo de DK, incluindo as transformações Bananza.

Por outro lado, notei que o desempenho do jogo apresentou quedas de frame rate em momentos de maior ação. Embora não seja tão grave quanto em alguns títulos do Switch original, é um ponto que merece atenção, especialmente por se tratar de um dos primeiros grandes jogos da nova geração da Nintendo. É possível que a versão final esteja mais otimizada.

Antes de encerrar minha sessão, experimentei o modo cooperativo, onde o segundo jogador controla os ataques vocais de Pauline. Esses ataques podem destruir obstáculos e inimigos, e são controlados por diferentes métodos, como o modo mouse do Joy-Con 2, controles de movimento ou gamepad tradicional. Essa cooperação é mais ativa do que em jogos anteriores da Nintendo, mas ainda parece mais uma forma divertida de incluir um jogador menos experiente do que um modo principal.

Durante a demo, senti uma empolgação crescente, não apenas pelo gameplay, mas pela perspectiva das longas noites explorando os diversos biomas e camadas com Donkey Kong e Pauline quando Donkey Kong Bananza for lançado no Nintendo Switch 2 em 17 de julho.

Detalhes Técnicos e Design Sonoro

Algo que merece destaque é o trabalho técnico por trás de Donkey Kong Bananza. A engine do jogo parece ter sido otimizada para aproveitar ao máximo o hardware do Nintendo Switch 2, especialmente no que diz respeito à renderização dos ambientes dinâmicos e à física da destruição. Ainda que tenha notado algumas quedas de frame rate, principalmente em áreas com muitos elementos móveis e partículas, a fluidez geral é satisfatória e raramente compromete a experiência.

O design sonoro também merece elogios. A trilha sonora, composta por temas que variam entre o tribal e o orquestral, consegue criar uma atmosfera imersiva sem se tornar repetitiva. As vozes da Pauline, que acompanham as transformações, adicionam um toque carismático e ajudam a construir uma conexão maior com os personagens. Além disso, os efeitos sonoros dos socos, quedas e destruição são tão impactantes que quase dá para sentir a força de Donkey Kong em cada golpe.

 Donkey Kong Bananza

Exploração de Segredos e Colecionáveis

Se você é fã de jogos que incentivam a exploração minuciosa, Donkey Kong Bananza tem muito a oferecer. As Banandium Gems, além de servirem para upgrades, estão escondidas em locais que exigem atenção e criatividade para serem alcançados. Em alguns casos, é necessário usar transformações específicas ou combinar habilidades para acessar áreas secretas, o que adiciona uma camada extra de desafio e recompensa.

Outro ponto interessante é a presença de colecionáveis que desbloqueiam conteúdos extras, como concept arts, músicas e até pequenas animações que expandem o universo do jogo. Isso me lembrou os clássicos títulos da era 16-bit, onde a curiosidade e a paciência eram recompensadas com surpresas que iam além da jogabilidade principal.

Interação com o Mundo e Personagens

Além da jogabilidade, o jogo investe em uma narrativa leve, mas envolvente, que se desenrola através de interações com personagens conhecidos e novos aliados. Pauline, por exemplo, não é apenas uma voz de apoio, mas participa ativamente da história, oferecendo dicas e até mesmo ajudando em momentos críticos com seus ataques vocais.

Outros personagens secundários aparecem ao longo da aventura, cada um com sua personalidade e pequenas missões que enriquecem o mundo de Donkey Kong Bananza. Essas interações ajudam a criar um ambiente mais vivo e dão motivos para explorar cada canto do mapa, mesmo depois de completar os objetivos principais.

Potencial para o Futuro da Franquia

O que mais me chamou atenção é como Donkey Kong Bananza parece estar preparando o terreno para uma nova fase da franquia. A mistura de elementos clássicos com inovações, como as transformações temporárias e o modo cooperativo ativo, sugere que a Nintendo está disposta a experimentar sem perder a essência que tornou Donkey Kong tão querido.

Além disso, a ambientação diversificada, que vai desde minas subterrâneas até florestas venenosas, mostra um cuidado em criar um universo rico e variado, capaz de manter o interesse dos jogadores por longas horas. Eu, pessoalmente, estou curioso para ver como essas ideias serão expandidas em atualizações futuras ou até mesmo em possíveis sequências.

 Donkey Kong Bananza

Considerações Sobre a Interface e Controles

Um aspecto que merece ser mencionado é a interface do jogo, que é limpa e intuitiva, facilitando a navegação pelos menus e o gerenciamento dos upgrades. Os controles respondem bem, com uma curva de aprendizado suave que permite tanto jogadores novatos quanto veteranos aproveitarem a experiência sem frustrações.

O uso dos Joy-Cons para o modo cooperativo é uma sacada interessante, embora eu tenha sentido falta de um modo multiplayer mais tradicional, onde ambos os jogadores controlam personagens diretamente. Ainda assim, a implementação atual traz uma dinâmica diferente e pode ser uma porta de entrada para jogadores menos habituados a jogos de plataforma.

Expectativas para o Lançamento e Comunidade

Com o lançamento marcado para 17 de julho, a expectativa é alta, e acredito que a comunidade de fãs de Donkey Kong e jogos de plataforma em geral vai abraçar Donkey Kong Bananza com entusiasmo. Já é possível notar discussões em fóruns e redes sociais sobre estratégias para coletar todas as Banandium Gems e explorar cada transformação.

Além disso, a possibilidade de desafios adicionais e modos extras sugere que o jogo terá uma boa longevidade, especialmente para aqueles que gostam de completar 100% dos títulos que jogam. Será interessante acompanhar como a Nintendo vai apoiar o jogo após o lançamento, seja com DLCs, eventos ou atualizações que possam expandir ainda mais o universo criado.