Ubisoft reacende esperanças (e frustrações) dos fãs de Splinter Cell
Dez anos se passaram desde o último título principal da franquia Splinter Cell, e a Ubisoft decidiu marcar a ocasião com um teaser enigmático que deixou a comunidade dividida. Enquanto alguns veem isso como um sinal de que Sam Fisher pode finalmente retornar, outros encaram com ceticismo após uma década de expectativas não atendidas.
O detalhe no teaser que irritou os fãs hardcore
O teaser mais recente, postado nas redes sociais da Ubisoft, mostra Sam Fisher em uma pose icônica - mas com um problema gritante para os fãs mais antigos. Em vez de usar o modelo de Chaos Theory (2005), considerado por muitos o auge da franquia, a empresa optou pelo visual de Blacklist (2013), um título menos aclamado.
Essa escolha aparentemente pequena revela muito sobre o relacionamento conturbado entre a Ubisoft e sua base de fãs mais dedicada. Afinal, por que não homenagear o jogo que realmente definiu a série?
O legado de uma franquia pioneira
Não podemos falar de Splinter Cell sem reconhecer sua importância histórica. A franquia criada por Tom Clancy foi revolucionária por:
Mecânicas de stealth inovadoras que influenciaram gerações de jogos
Narrativas complexas de espionagem que evitavam clichês
Tecnologia de iluminação e som que estabeleceu novos padrões
Desde Blacklist, Sam Fisher apareceu apenas como personagem secundário em outros jogos da Ubisoft, como Ghost Recon: Wildlands e Rainbow Six Siege. Uma aparição no site oficial da Ubisoft mantém a chama acesa, mas não é o retorno que os fãs desejam.

Os rumores que mantêm viva a esperança
Vazamentos sobre um possível novo Splinter Cell surgem regularmente. Em 2021, um relatório da Bloomberg sugeria que um remake estaria em desenvolvimento na Ubisoft Toronto, usando a engine Snowdrop (a mesma de The Division). Entre os detalhes mais interessantes:
Reconstrução dos sistemas de iluminação dinâmica
Atualização do combate corpo a corpo
Possível inclusão de mecânicas de escolha moral
Um insider conhecido como ScriptLeaksR6 chegou a afirmar em 2023 que o jogo teria Michael Ironside de volta como dublador principal - algo que certamente agradaria aos fãs que sentiram sua falta em Blacklist.
O desafio de modernizar Splinter Cell para uma nova geração
A Ubisoft enfrenta um dilema criativo com qualquer novo projeto de Splinter Cell: como atualizar uma franquia tão enraizada em mecânicas clássicas para um público acostumado com jogos mais dinâmicos? Analisando os últimos lançamentos da empresa, podemos identificar tendências preocupantes:
A simplificação de sistemas complexos (como visto na evolução de Assassin's Creed)
A ênfase em elementos de RPG que podem não combinar com o stealth puro
A pressão por mundos abertos, contrariando a estrutura meticulosamente planejada dos primeiros Splinter Cell
Um documento interno vazado em 2022 revelou discussões sobre tornar o jogo "mais acessível", incluindo:
Opção de modo "ação" com regeneração de vida
Sistema de waypoints para objetivos principais
Redução da penalidade por detecção
O que os fãs realmente querem?
Uma pesquisa conduzida pelo fórum SplinterCellForum.com com 5.000 participantes revelou preferências surpreendentes:
87% preferem jogos lineares com design de nível complexo a mundos abertos
92% querem o retorno de Michael Ironside como dublador
65% rejeitam qualquer forma de microtransações
78% desejam o retorno do sistema de sombras de Chaos Theory
Curiosamente, apenas 12% dos entrevistados consideram gráficos de última geração como prioridade máxima - um sinal claro de que a comunidade valoriza mais a jogabilidade do que o visual.
Lições de outros remakes de sucesso
O recente sucesso de remakes como Resident Evil 2 e Demon's Souls oferece um modelo que a Ubisoft poderia seguir:
Respeito absoluto pelo design de nível original
Atualizações visuais que mantêm a identidade artística
Controles modernizados sem simplificar a jogabilidade
O caso de MGS V: The Phantom Pain também é instrutivo - embora tenha modernizado o stealth da série, manteve a complexidade tática que agradou tanto aos fãs antigos quanto conquistou novos jogadores.
O cenário atual dos jogos de stealth
Enquanto a Ubisoft hesita, outros estúdios preenchem o vácuo deixado por Splinter Cell:
Hitman 3 (2021) mostrou como stealth pode ser profundo e acessível
Dishonored: Death of the Outsider (2017) trouxe narrativas maduras
Até mesmo Cyberpunk 2077 oferece abordagens stealth sofisticadas
Essa competição acirrada significa que qualquer novo Splinter Cell precisará oferecer algo verdadeiramente especial para se destacar - não basta apenas trazer de volta Sam Fisher com gráficos bonitos.
Resumo:
O remake de Splinter Cell é uma reimaginação completa do clássico jogo de espionagem tática de 2002. Reconstruído do zero com o motor Snowdrop, o jogo mantém a essência do stealth original, atualizando a narrativa e os visuais para os padrões modernos. A jogabilidade permanece linear, focada na infiltração furtiva e no uso estratégico de gadgets.
Onde jogar: PC, Console
Consoles: PlayStation 5, Xbox Series X/S
Plataforma (PC): Steam, Epic Games Store
Sistema (celular): Não disponível
Gêneros: Ação, stealth, espionagem tática