O que esperar do RPG de The Expanse
Fãs de ficção científica estão em festa com o anúncio de The Expanse: Osiris Reborn, um RPG de ação desenvolvido pela Owlcat Games que promete mergulhar os jogadores no universo da aclamada série. O trailer revelado durante o Future Games Show Summer Showcase 2025 deixou claro que teremos uma experiência espacial com forte inspiração em Mass Effect, mas com a física característica do universo de The Expanse.
Pelas primeiras imagens, o jogo parece ser a produção mais ambiciosa da Owlcat até agora, apresentando:
Batalhas espaciais dinâmicas com naves realizando manobras complexas
Combates em gravidade zero com mecânicas de cobertura
Sistemas de movimento realistas incluindo botas magnéticas
Gráficos impressionantes utilizando Unreal Engine 5
Um universo rico para explorar
Diferente do jogo episódico da Telltale focado na tripulação do Rocinante, este novo RPG parece explorar eventos paralelos às primeiras temporadas da série. O trailer sugere que pelo menos um dos protagonistas está associado ao governo da Terra (UNN), enquanto o título "Osiris Reborn" faz referência aos experimentos com a protomolécula que marcaram o início da trama.
O que mais me impressiona é como a Owlcat parece estar capturando a essência do universo de The Expanse. A física espacial realista - um dos elementos mais distintivos da série - parece ter um papel central no gameplay, com sistemas de movimento que variam entre:
Locomoção tradicional em ambientes com gravidade
Flutuação livre em gravidade zero
Uso de botas magnéticas em estações espaciais
Comparações inevitáveis com Mass Effect
As semelhanças com a trilogia original de Mass Effect saltam aos olhos, especialmente na forma como o jogo apresenta diálogos com múltiplas escolhas durante cenas cinematográficas e um sistema de combate em esquadrão. Mas especialistas já apontam que The Expanse pode trazer uma abordagem mais realista da física espacial, algo que Mass Effect sempre simplificou em favor do gameplay.
Elementos como tiroteios flutuantes e a navegação entre estações espaciais lembram também experiências como Prey: Mooncrash ou partes de Dead Space. Mas será que a Owlcat conseguirá equilibrar esse realismo físico com a jogabilidade fluida que fez sucesso em Mass Effect?
Tecnologia e inovações técnicas
A utilização da Unreal Engine 5 permite à Owlcat criar ambientes espaciais impressionantes. Pelas cenas do trailer, podemos esperar:
Efeitos de iluminação global recriando a luz solar no vácuo
Física avançada para objetos em microgravidade
Animações faciais detalhadas durante diálogos
Destruição ambiental durante os combates
Um detalhe particularmente interessante são as botas magnéticas mostradas no trailer, que permitem aos personagens "caminhar" em superfícies metálicas no espaço - um elemento fiel à física do universo de The Expanse que raramente vemos em outros jogos.
O potencial narrativo e as escolhas dos jogadores
Um dos aspectos mais promissores de The Expanse: Osiris Reborn é como a Owlcat Games parece estar adaptando seu conhecido sistema de escolhas narrativas profundas - aperfeiçoado em Pathfinder - para um universo de ficção científica. Vazamentos não oficiais sugerem que o jogo pode apresentar:
Diálogos com ramificações que afetam relações entre facções
Decisões morais complexas envolvendo a protomolécula
Múltiplos finais baseados em alianças políticas
Sistema de reputação com a Terra, Marte e o Cinturão
Especialmente intrigante é a possibilidade de que certas escolhas possam alterar fisicamente os ambientes do jogo. Imagine causar um evento semelhante ao incidente do Canterbury e ver as consequências políticas se desenrolarem ao longo de dezenas de horas de jogo.
O desafio de adaptar a física realista
Enquanto Mass Effect optou por simplificar a física espacial para priorizar a ação cinematográfica, The Expanse parece estar indo na direção oposta. Desenvolvedores da Owlcat mencionaram em entrevistas que estão trabalhando com consultores técnicos para criar:
Sistemas de propulsão realistas para naves
Trajetórias balísticas afetadas pela gravidade
Limitações de oxigênio em atividades extraveiculares
Efeitos de aceleração G em personagens
Isso levanta questões interessantes sobre como esses elementos serão balanceados. Um combate espacial totalmente realista exigiria, por exemplo, considerar:
Tempo de viagem dos projéteis a longas distâncias
Manobras de ponto de Lagrange
Consumo de combustível durante perseguições
Será que os jogadores estarão dispostos a lidar com essa complexidade, ou a Owlcat precisará encontrar um meio-termo entre realismo e diversão?
O legado da Owlcat Games
A desenvolvedora russa já provou seu talento com RPGs complexos através da série Pathfinder, mas The Expanse representa um salto ambicioso em vários aspectos:
Transição de fantasia medieval para ficção científica hardcore
Abandono do sistema de turnos por ação em tempo real
Implementação de física 3D complexa
Narrativa menos linear e mais reativa
Curiosamente, a Owlcat parece estar aplicando lições aprendidas com Pathfinder: Wrath of the Righteous, que já apresentava elementos táticos em combates em grande escala. Alguns sistemas podem ter equivalentes interessantes em The Expanse:
Gerenciamento de esquadrão de naves em vez de party
Customização detalhada de armamentos espaciais
Árvores de habilidades adaptadas para tecnologia futurista
O maior desafio será manter a profundidade estratégica que fez sucesso nos Pathfinder enquanto introduz mecânicas completamente novas para a equipe.
Resumo: The Expanse: Osiris Reborn é um RPG de ação em terceira pessoa ambientado no universo de The Expanse, onde você assume o papel de um mercenário da Pinkwater Security preso numa conspiração solar enquanto tenta salvar sua tripulação e sua nave .
Onde jogar: PC, Console
Consoles: PlayStation 5, Xbox Series X/S
Plataforma (PC): Steam
Sistema (celular): Não disponível
Gêneros: RPG de ação, aventura, third‑person shooter, ficção científica
