Um futuro submerso em narrativas
A DigixArt, estúdio francês por trás de títulos aclamados como Road 96 e Lost in Harmony, acaba de anunciar seu mais novo projeto: Tides of Tomorrow. Com lançamento previsto para 2026, o jogo promete levar os jogadores a um mundo pós-apocalíptico único, onde a humanidade tenta sobreviver em um ambiente subaquático após um desastre ambiental.
Gameplay e temática inovadores
O jogo combina elementos de narrativa profunda com mecânicas de multijogador assíncrono, uma marca registrada da DigixArt. A trama explora as consequências de uma doença causada pela poluição por microplásticos, refletindo preocupações ambientais atuais.
Gênero: Narrativa interativa com elementos de aventura
Plataformas: A confirmar (provavelmente PC e consoles)
Inovações: Multijogador assíncrono em mundo compartilhado
Tema: Sobrevivência em ambiente subaquático pós-apocalíptico
Os desenvolvedores citaram obras como BioShock e Subnautica como referências visuais, mas com uma abordagem mais realista e cientificamente fundamentada. O diretor criativo Yoan Fanise mencionou que a equipe consultou oceanógrafos e biólogos marinhos para criar ecossistemas subaquáticos críveis.
Mecânicas revolucionárias
O sistema de multijogador assíncrono promete transformar a forma como os jogadores interagem com o mundo do jogo:
Legado ambiental: Ações de jogadores anteriores afetam o mundo para jogadores futuros
Sistema de alianças: Facções dinâmicas que evoluem com as escolhas da comunidade
Economia baseada em recursos: Troca de itens raros encontrados em exploração submarina
Eventos climáticos: Tempestades e correntes marinhas que alteram o mapa periodicamente
Recepção e contexto da indústria
O anúncio gerou reações mistas na comunidade. Enquanto alguns fãs elogiam a ambição narrativa, outros expressam ceticismo sobre a execução técnica do mundo compartilhado. Especialistas destacam o potencial para tratar temas ecológicos de forma inovadora, mas também os riscos técnicos do sistema de persistência do mundo.
O lançamento de Tides of Tomorrow coincide com um crescente interesse por jogos com temáticas ambientais. Estúdios como a Capybara Games (Below) e Unknown Worlds (Subnautica) também exploram narrativas ecológicas, mas a DigixArt parece estar levando a abordagem a um novo patamar de complexidade social.
Para mais detalhes, confira a reportagem original.
Exploração e narrativa imersiva
Um dos aspectos mais promissores de Tides of Tomorrow é seu sistema de exploração subaquática, que promete combinar descoberta científica com narrativa emergente. Os jogadores assumirão o papel de pesquisadores em estações submarinas decadentes, onde cada mergulho revela:
Artefatos tecnológicos: Equipamentos abandonados contam histórias fragmentadas da civilização pré-colapso
Ecossistemas mutantes: Criaturas marinhas adaptadas ao ambiente poluído, com comportamentos imprevisíveis
Documentos perdidos: Gravações de áudio e diários que constroem o lore gradualmente
Segundo vazamentos de playtests, o jogo utiliza um sistema de "pressão narrativa" - quanto mais tempo o jogador passa em áreas profundas, mais a história se intensifica, criando uma tensão psicológica única. Essa mecânica lembra títulos como Soma, mas com uma abordagem mais sistêmica.
Impacto das escolhas morais
A DigixArt está ampliando sua expertise em narrativa ramificada com um sistema de consequências ambientais de longo prazo. Diferente de Road 96, onde as escolhas afetavam principalmente personagens individuais, em Tides of Tomorrow as decisões têm impacto ecológico mensurável:
Extrair recursos raros pode destruir recifes artificiais que protegem estações
Salvar ou sacrificar espécies marinhas afeta a cadeia alimentar do bioma
Compartilhar descobertas científicas pode beneficiar toda a comunidade ou criar conflitos por recursos
O estúdio mencionou que está testando um algoritmo que calcula o "custo ético" de cada ação importante, influenciando como facções NPCs reagem ao jogador ao longo de meses de jogo (tempo real). Essa abordagem lembra sistemas complexos de Dwarf Fortress, mas aplicados a um contexto narrativo.
Desafios técnicos e ambição criativa
Desenvolver um mundo subaquático persistente apresenta obstáculos únicos. Em entrevista ao Game Developer, a equipe técnica revelou que está criando novos sistemas para:
Simulação de correntes oceânicas que afetam física e navegação
Iluminação dinâmica em águas turvas com partículas em suspensão
IA de criaturas marinhas que reagem a poluição e atividades humanas
Vazamentos sugerem que o jogo usará uma versão modificada do motor Unity, com shaders personalizados para criar efeitos de refração e dispersão de luz realistas. Essa abordagem técnica poderia estabelecer novos padrões para ambientes subaquáticos em jogos.
Comparações com títulos similares
Enquanto aguardamos mais detalhes, vale analisar como Tides of Tomorrow se posiciona no cenário atual de jogos subaquáticos:
vs Subnautica: Menos foco em survival craft, mais ênfase em narrativa colaborativa
vs Soma: Menos horror existencial, mais complexidade ecológica e social
vs Abzû: Menos abstrato, com sistemas de jogo mais concretos e consequências mensuráveis
O jogo parece ocupar um espaço único entre simulação ambiental e drama humano, potencialmente atraindo tanto fãs de narrativas profundas quanto jogadores interessados em sistemas complexos. A integração do multijogador assíncrono pode ser o elemento que diferencia verdadeiramente a experiência.
Resumo:
Tides of Tomorrow é um jogo de aventura narrativa ambientado no planeta oceânico Elynd, onde uma doença chamada Plastemia ameaça toda a vida. Os jogadores assumem o papel de Tidewalkers, explorando plataformas flutuantes e interagindo com personagens diversos. O diferencial está no sistema de multiplayer assíncrono: as escolhas de outros jogadores influenciam diretamente sua jornada, criando uma experiência única e interconectada.
Onde jogar: PC, Console
Consoles: PlayStation 5, Xbox Series X/S
Plataforma (PC): Steam
Sistema (celular): Não disponível
Gêneros: Aventura, narrativa interativa, ficção científica, multiplayer assíncrono
