Bungie em crise: plágio e recepção morna abalam estúdio
A Bungie, conhecida por franquias como Destiny e Halo, está enfrentando uma das piores crises internas de sua história. Segundo reportagem da Forbes, a moral da equipe está em "queda livre" após uma série de eventos desastrosos.
Tudo começou com a recepção morna ao anúncio de Marathon, o novo jogo da empresa. Mas a situação piorou quando a Bungie foi acusada de plagiar o trabalho de um artista independente - acusação que, para surpresa de muitos, o estúdio acabou admitindo como verdadeira.
O peso das más decisões
Funcionários relatam à Forbes que o ambiente interno é de extrema preocupação. Alguns chegam a dizer que este é o pior momento que já viveram na empresa. E não é difícil entender por quê:
O fracasso potencial de Marathon poderia colocar em risco o futuro do estúdio
A campanha de marketing precisará ser completamente reformulada
O processo para remover os assets plagiados é demorado e caro
O caso do plágio é particularmente embaraçoso. A Bungie alega que um ex-funcionário foi o responsável pela violação em 2020, mas o estrago já estava feito. A Sony, que adquiriu a Bungie em 2022, agora está lidando com as consequências legais.
Um futuro incerto
Com a data de lançamento prevista para setembro, a equipe estaria preocupada em lançar o jogo no atual "ambiente hostil". Fontes sugerem que a Sony pode estar considerando um adiamento, embora oficialmente não haja confirmação.
Enquanto isso, a Bungie tenta se recuperar do golpe à sua reputação. O novo trailer de Marathon, que seria lançado em junho junto com a pré-venda, foi adiado. A equipe de marketing agora precisa repensar completamente sua estratégia.
Será que a Bungie conseguirá reverter essa situação? A indústria de games está cheia de histórias de estúdios que se recuperaram de crises piores. Mas desta vez, as apostas parecem especialmente altas.
Impacto na cultura interna e retenção de talentos
O clima tenso na Bungie já começa a mostrar efeitos concretos na retenção de talentos. Segundo relatos de funcionários obtidos pela Bloomberg, pelo menos três líderes seniores de departamentos críticos teriam pedido demissão nas últimas semanas. Entre eles estariam o diretor de arte principal e o líder de design de sistemas.
O êxodo preocupa especialmente porque:
A Bungie sempre se orgulhou de manter uma equipe estável por décadas
Muitos dos que estão saindo trabalhavam na empresa desde os tempos de Halo
Perder esses veteranos pode comprometer a identidade criativa do estúdio
O papel da Sony na crise
A aquisição pela Sony em 2022 trouxe tanto recursos quanto expectativas elevadas. Agora, analistas questionam se a gigante japonesa está exercendo pressão excessiva sobre a Bungie. Relatos internos sugerem que:
Executivos da Sony estariam exigindo mudanças radicais em Marathon
Há discordâncias sobre o modelo de monetização do jogo
A autonomia criativa prometida na aquisição estaria sendo questionada
Fontes próximas à diretoria afirmam que a Sony está dividida entre duas estratégias: dar mais tempo para a Bungie resolver seus problemas ou intervir diretamente na gestão do projeto. A segunda opção, porém, poderia desencadear ainda mais demissões.
Lições não aprendidas do passado
O que mais surpreende observadores da indústria é que a Bungie parece estar repetindo erros do passado. Em 2014, o lançamento problemático de Destiny já havia exposto falhas na gestão de projetos do estúdio. Na época, a solução foi uma reformulação massiva que atrasou o jogo em um ano.
Desta vez, porém, o contexto é diferente:
O mercado de games live-service está muito mais competitivo
O escândalo do plágio adicionou uma dimensão legal à crise
A Sony tem menos paciência para reviravoltas do que a Activision tinha na época
Enquanto isso, os jogadores começam a questionar se Marathon será capaz de competir com títulos estabelecidos como Call of Duty e Apex Legends. O adiamento do trailer só alimentou essas dúvidas, criando um círculo vicioso de desconfiança.
Com informações do: Game Vicio
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